Proibido
Autora: Tabitha Suzuma
Publicação: EditoraValentina


Oie oie gente linda!
Tudo bem com vocês? Hoje trago um livro que até hoje me faz ter sentimentos conflitantes. Bom, acho que todo devorador de livros já ouviu falar no ultimo ano do polêmico livro da Tabitha Suzuma. Como já diz o nome na capa, “Proibido” é um livro pesado, sofrido, muitas vezes angustiante, sentimentos que são inseridos na leitura sutilmente, mas que quando você para pra analisar, te deixam no mínimo muito pensativos; eu só recomendo de verdade que você leia quando tiver com seu psicológico “em dias”. Se você é menor de 18 anos, também não recomendo, pois ele vai abordar assuntos delicados que dependendo do seu ponto de vista, pode te levar a ter alguns conflitos pessoais. A Tabhita aborda tudo de uma maneira até certo ponto delicada, porém extremamente direta. Afinal, “Como algo tão errado, pode ser tão certo?”.

Como vocês já devem saber, o livro vai se passar em Londres e nos cerca de um convívio familiar extremamente desestruturado. Lochan e Maya são os irmãos mais velhos de 5 filhos, ele com 17 anos e ela com 16 e mesmo sendo adolescentes, a autora deixa claro que o amadurecimento dos dois precisou ser despertado muito antes do tempo, pois eles aprenderam a desempenhar o papel de “donos da casa” desde muito cedo. Ao decorrer da narrativa, entendemos que o pai abandonou os filhos e a esposa a muitos anos atrás e mesmo nos dias atuais não existe nenhum interesse de aproximação entre eles, o pai ignora totalmente a existência da família. A mãe é garçonete, porém por ter sofrido com o abandono do marido, percebemos que ela se tornou alguém fútil e materialista. Somos apresentados a uma mulher destruída psicologicamente, que por ter sido bela na juventude e após alguns anos ter sido trocada pelo marido, busca de todas as maneiras distorcidas provar a si mesma e as pessoas ao redor que ainda é bela e pode ser desejada. Com essa busca frenética por beleza e amor distorcido, ela não pensa duas vezes antes de negligenciar os filhos, deixando a casa e as crianças totalmente sozinhas. É aí, no meio desse turbilhão de emoções que o Lochan e Maya precisam se tornar os supostos “pais” dos outros irmãos, precisam dividir tarefas, buscar e levar na escola, incentivar o convívio com brincadeiras, ensinar lições de casa e tudo isso fica tão claro e é apresentando pra nós de maneira tão sutil, que chegamos numa percepção na história que essa situação abusiva é algo normal pra eles, que ser privado de uma adolescência normal, com namoros e beijos roubados é totalmente comum em suas rotinas. Essas crianças não foram criadas para aproveitarem a vida, eles simplesmente foram postas no mundo e diariamente buscam alternativas de sobrevivência.

Depois de encararmos todo esse conflito, percebemos sutilmente que certo romance começa a surgir entre nossos dois protagonistas; um romance fofo, lindo, cheio de compreensão e amor... Mas espera aí... Eles são irmãos!!! É nesse momento que a autora te pega de jeito e começa a te estraçalhar. Sabe seu coração? Aquele que te faz sentir emoções? Ele vai ser dilacerado. Acredite em mim quando digo que, eu não te contei nem um terço do que vai acontecer no livro, só estou te preparando para o conflito de emoções que ele vai te causar. Já li o livro a um tempinho e te juro que até hoje eu não tenho uma opinião formada sobre ele. Esse livro me deixou com uma baita ressaca literária,pois, sabe quando vc se apega a um personagem, sofre o que ele sofre, chora quando ele chora, sente o que ele sente e se desespera com o desespero dele? E depois tudo isso as palavras te fogem? É mais ou menos a experiência que tive com a leitura.

Então apenas digo a vocês que, se acharam a trama interessante, instigante e pretendem ler, vão fundo! Tenho certeza que nunca li nada parecido com isso, com tanta reviravolta e temas delicados num livro só. Mas se vocês estão procurando algo mais “leve”, não sei se é uma leitura tão recomendada pra esse momento.

Com vocês... A palavra da autora: