Depois de mais de 4 meses da leitura, ainda estou "in love" com esse livro. A Caroline é uma das mocinhas mais engraçadas e destemidas que já encontrei. Afinal, se você flagrasse seu noivo aos beijos e mais além disso com uma mulher que não é você, o que você faria? Com certeza nada parecido do que Caroline Linford é capaz. Não sabendo mais como agir, e achando que se talvez soubesse fazer tudo o que a amante do noivo faz, ela não seria traída, Caroline procura sem demora alguma Braden Grandeville a fim de tomar lições de "Como seduzir"seu próprio noivo. 

Você pode até não estar entendendo a jovem, mas saiba que no contexto histórico do livro, era extremamente comum homens terem suas amantes, inclusive sendo aceitos e permitidos pela sociedade, tanto que esse ato era considerado uma forma de demonstração de "poder" perante a época, que pregava que era conveniente que um homem de respeito tivesse uma mulher submissa em casa e uma amante fogosa fora dela. É ai que fica interessante: Caroline não aceita ser essa mulher submissa. Ela ama o seu noivo e o quer só pra ela, pra isso precisa descobrir o que o fez beijar Lady Jacquelin da forma que ele nunca a beijou, saber o que a amante estava sentindo enquanto passava as pernas ao redor do seu prometido, e só o maior libertino que ela conhece parece ter todas essas respostas. Esse jogo perigoso entre mestre e aluna tem tudo pra dar errado, ou talvez dar certo até demais.

Braden tem um passado bem turbulento e em meio a monarquia é um dos poucos ricos que fizeram fortuna através do próprio trabalho, o que não é bem visto pelas famílias mais tradicionais da sociedade e o que o faz muitas vezes ser excluído de alguns eventos. Para conquistar o respeito do círculo em que vive, incluindo seus negócios, Braden não vê alternativa se não pedir a mão da jovem Lady Jacquelyn em casamento, mesmo que ele desconfie que talvez ela não lhe seja tão fiel assim.

As lições desse casal, além de serem acompanhadas por muita sedução e beijos pra ninguém colocar defeito, são "escondidas" e geram cenas muito divertidas, principalmente nas fugas de Caroline e nas reações dela ao descobrir sensações que não sabia ser humanamente possível pra uma mulher, e no final... As aulas talvez não parem só por ai. 

Como já falei anteriormente aqui no blog, Patricia Cabot é o nome "verdadeiro" da Meg Cabot, já que Meg é apenas um apelido referente ao seu primeiro nome. Ela apenas o usa para escrever romances históricos com essa pitada mais sensual, então se você ver alguma capa de livro com o nome de Patrícia Cabot já saiba que vem coisa boa por ai. O livro é muito bom, divertido, e tem um segredo no meio da trama que nos é informado o "culpado" logo nas primeiras páginas, então passamos a leitura inteira naquele misto de querer saber quando os personagens vão se dar conta da verdade e juntar todas as pistas, é instigante. Pode ser até um pouco clichê, mas as vezes umas risadas e alguns suspiros, é tudo o que a gente espera de um bom livro. Por hoje é isso pessoal, sintam-se a vontade para usar os comentários que a gente se encontra por lá. Até a próxima leitura!