[Resenha] The Kiss of Deception - As Crônicas de Amor e Ódio

by - janeiro 24, 2018

The Kiss of Deception
Autora: Mary E. Pearson
Publicação: DarkSide Books

“Eu encontrarei você… No recanto mais longínquo… Eu encontrarei você.”

Talvez eu esteja um pouquinho atrasada nessa resenha? Talvez ... Todo mundo na face desse mundo dos livros leu? Já leu sim... Mas eu tenho aquele tique nervoso na vida, não consigo ler livros que estejam sendo muito comentados na mídia, tenho um sério medo de ler e achar que eu DEVO gostar, só pelo motivo de que todo mundo está gostando. Com isso adquiri o hábito de só ler os ditos livros "famosinhos" após a passagem meteórica deles pelo mundo kkk. Essa foi a minha ultima leitura do ano de 2017, e se não fosse por motivos de "vida", eu já teria lido a trilogia inteira, portanto fica bem claro aqui que o livro é bom mesmo, que não é só modinha, e que vale muito o seu tempo.
Vamos ter aqui uma fantasia, mas ao contrário de outras que já li, aqui temos uma heroína, que não é tão heroína assim kkk, podemos dizer que a Lia é bem gente como a gente, porém muito mais destemida e consciente daquilo que quer.
Vamos começar Situando tudo: Lia, ou melhor, a Princesa real Arabella Celestine Idris Jezelia, com apenas 17 anos se vê como mais um soldado do seu pai no grande reino de Morrighan. Cresceu cercada de tradições e obrigações, principalmente por se tratar da única filha mulher, o que é uma perspectiva muito interessante no enredo... Sempre vemos homens sendo valorizados por seus reinos, sendo criados para serem bons reis, porém em Morrighan existe a tradição das primeiras filhas, acreditando assim que cada primeira filha das casas reais possuem um certo poder que a ninguém mais é oferecido. Porém após 17 anos crescendo no castelo, e sendo educada como tal, esse tão falado poder não apareceu em Lia, o que gera certos comentários dentro dos muros do castelo, porém é de certa forma escondido das demais pessoas do reino, onde todos acreditam que a princesa tem o poder como diz a tradição, fazendo assim outros reinos seguirem enxergando em Lia grande potencial. Mas o motivo é que ...
Como se não bastasse toda a vida de abnegação que uma princesa deve ter, Lia sempre foi educada a ser um tipo de moeda de troca para seu reino, pois é assim que as coisas sempre funcionaram... Ao alcançar certa idade, todas as primeiras filhas devem se casar com o príncipe ou rei de um reino de interesse, a fim de que alianças sejam formadas. Mas ao chegar sua vez, seu senso de liberdade não deseja um casamento, deseja uma vida simples longe de tudo o que ela foi ensinada a acreditar, principalmente porque o príncipe de Dalbreck nunca se dignou a aparecer, nem para pedir a sua mão em casamento. Num rompante de ultima hora, Lia não vê outra alternativa a não ser bolar um plano com a sua melhor amiga Pauline e fugir do reino, das obrigações e principalmente do casamento indesejado.

É perceptível que não vamos encontrar uma mocinha fofinha tirada de um romance de época aqui, Lia não tem medo de se arriscar, de pensar, é uma boa estrategista e não tem medo do trabalho pesado, ela tem um objetivo e segue esse objetivo com afinco, é verdadeiramente uma pessoa destemida. Porém a única coisa que ela não contava com essa escapada, é que desencadearia algo muito maior que ela mesma, que despertaria um inimigo silencioso... É então que Rafe e Kaden aparecem nessa história: Um é um assassino profissional do reino de Venda designado para matar Lia e o outro é o Príncipe de Dalbreck que foi deixado no altar. Mas quem é quem? A Mary não diz, mas dá singelas dicas. Então quando vemos a interação dos 4 no decorrer do livro, até a revelação do mistério por volta de 60% do leitura, ficamos sempre com aquela curiosidade pra descobrirmos que é quem e se as motivações dos personagens são verdadeiras. Acho importante ressaltar que os capítulos são em maioria pela visão da Lia, porém alguns levam a visão dos outros personagens envoltos na trama, como o Rafe, o Kaden e a Pauline, sendo todos em primeira pessoa.

O livro vai tratar de descobrimento, e nos mostrar que muitas vezes nos escondemos de nós mesmos por medo, que as vezes nos enganamos, nos sabotamos, colocamos os interesses de terceiros acima dos nossos e que é necessário muitas vezes um tempo para nos conhecermos novamente, novas experiencias... E que sempre estamos aprendendo sobre nós mesmos, nossos limites e até onde a gente é capaz de ir, por quem a gente é capaz de ir. É uma história muito bonita de coragem, força e me fez ficar muito curiosa pra saber o que vem por ai nos próximos volumes. Estou aqui ansiosa pela próxima folguinha e pelo desenrolar dessa história incrível.

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