[Resenha] Uma Chama Entre as Cinzas

by - junho 01, 2016

Uma Chama entre as cinzas
Autora: Saaba Tahir

O que você faria se pudesse salvar a ultima pessoa da sua família?

Pois bem meus amores, o que falar desse livro INCRÍVEL, 5 ESTRELAS, FABULOSO, TOP E EXCEPCIONAL? Resumindo em uma frase posso dizer que, ele nos dá uma grande lição de lealdade e convicção de fazer o certo, mesmo que o mundo inteiro te diga que o certo é errado.

Na história somos apresentados à cidade de Serra, onde conhecemos alguns povos que convivem ali, dentre eles, vamos nos concentrar nos dois de maior importância: Os Marciais e os Eruditos. Os Eruditos são um povo muito antigo, além das terras da cidade, detinham todo tipo de conhecimento, porém, por causa da sua ganancia pelo poder, acabaram sendo escravizados pelos marciais. Por esse motivo, os Eruditos são considerados inferiores, e grande parte do seu povo por consequência foi escravizado pelo império marcial.


Laila é uma adolescente de 17 anos e erudita de nascença, uma das poucas pessoas do povo que foi educada a ler e escrever. Órfã de pai e mãe, desde muito pequena mora com seus avós e o único irmão em uma pequena comunidade de Eruditos que ainda são considerados como “livres”, até que um dia o Império Marcial entra na sua casa e arranca de Laila tudo o que restou, levando seu único irmão como prisioneiro, o ultimo parente vivo que restou depois de tantos massacres do império. Sem alternativas, Laila se vê obrigada a contribuir com a resistência em troca da liberdade do seu irmão. E a que ponto se deve ir para salvar a vida de alguém que se ama?

No outro lado da História, conhecemos Elias, um soldado! Porém não um soldado qualquer, ele é um Máscara. Treinados na Academia Militar de Blackcliff, crianças são escolhidas a dedo por adivinhos a partir dos 6 anos de idade e precisam aprender lições de sobrevivência, defesa e guerra até sua formatura aos 18 anos. Ao final do treinamento, esses jovens não são apenas soldados, são armas mortais que usam os menores motivos para matar e acabar com seus inimigos ou qualquer pessoa que se oponha ao governo. Elias não está apenas se formando como um mascara, ele é o melhor máscara de toda academia, além de ser descendente de uma das famílias mais tradicionais e antigas do império. Apesar de todo o treinamento, Elias ainda mantém dentro de si compaixão pelo próximo, grande parte disso por ter convivido até os 6 anos entre caravanas e pessoas livres. A ideia de escravizar, matar e dominar pessoas sem motivos reais não faz a sua cabeça, mas toda a sua convicção, não o faz menos determinado a lutar da forma que foi ensinado a lutar.

"O campo de batalha é meu templo. A ponta da espada é o meu sacerdote. A dança da morte é a minha reza. O golpe fatal é a minha libertação". 
Página 52

Em determinado ponto da história é evidente que os dois personagens vão se encontrar, mas se você acha que um romance todo trabalhado na proibição vai acontecer, digo logo que não é bem assim. Não vou negar que a autora põe algumas frases sutis aqui e alí dando a entender certo interesse, mas é algo tão sutil que garanto que não atrapalha em nada o desenvolvimento da história, ao contrário, esses encontros tem certas conversas que nos fazem entender e aprofundar mais na vida e nos segredos de cada personagem. No início achei o enredo um pouco arrastado, mas nada fora no normal, pois se trata de uma fantasia com alguns elementos de distopia e a autora precisa nos apresentar o mundo em que estamos inseridos e a forma em que ele funciona, porém, quando a leitura pega, é quase impossível parar. O que se destacou muito na na experiencia foram os personagens secundários que são muito bem construídos, cada um ali tem uma história de vida e não aparecem durante a narrativa só por aparecer, como muitos autores fazem só pra encher página; isso é tão relevante que suas histórias acabam muitas vezes se misturando com as histórias dos protagonistas, dando muito mais sentido a certas situações. Como já disse, se trata de um mundo fantástico, portanto muitos seres mitológicos e atividades surreais vão aparecer durante a leitura sim, porém não é algo muito pesado, são citações breves e até você se adequar a tudo, distinguindo o que é oque, podem causar certa confusão durante a leitura.

Acho que é bem visível que foi uma leitura que amei, e se você também é chegado numa construção de mundo bem feita, com tramas bem amarradas, reviravoltas e aquele velho sentimento de “será que fulaninho é confiável mesmo? Olha, acho que ele tá mentindo”, eu super vou te recomendar. Vale lembrar que, esse livro é o primeiro de uma trilogia, portanto o final é super em aberto. O segundo livro foi lançado recentemente lá fora, então não sei quando ele deve aportar em nossas terras. Mas e então, alguma curiosidade? Leu também? Tá querendo ler? Vem conversar comigo nos comentários.




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